terça-feira, março 21, 2006

Fotos do Pavilhão do Conhecimento

Aqui estão algumas fotografias que tirámos no Pavilhão do Conhecimento.

segunda-feira, março 20, 2006

Sessão pública


Como tinhamos anunciado, realizou-se na passada sexta-feira um debate na Casa Municipal da Cultura, sob o tema "Cérebro e Drogas". Este debate encerrou, em Coimbra, as actividades dedicadas à Semana do Cérebro 2006.

terça-feira, março 14, 2006

Cérebro e Drogas. Para além da vontade - Debate Público



Na próxima 6ª feira vai ocorrer um debate público sobre "Cérebro e Drogas", na Casa Municipal da Cultura, em Coimbra. Este debate está integrado no programa da Semana Internacional do Cerebro 2006.

Os opiáceos

Durante a Semana do Cérebro estamos a distribuir um panfleto sobre os opiáceos. Para conseguir ler os textos nas imagens clique sobre elas para as aumentar.

Estivemos no Pavilhão do Conhecimento






No passado dia 12 de Março estivemos no Pavilhão do Conhecimento apresentando o atelier sobre os "Opiáceos- Heroína".

quarta-feira, março 08, 2006

Mecanismos moleculares

Como é que a heroína afecta as células do cérebro?

Os opiáceos interagem com receptores que existem à superfície de algumas células. Esta interacção resulta numa diminuição da actividade dessas células.


O que acontece quando se toma heroína várias vezes?

A ligação dos opiáceos aos receptores faz com que sejam activadas vias de sinalização dentro das células.

Assim, as células alteram a quantidade de certos tipos de proteínas, formando uma memória celular.

A memória celular contribui para as recaídas, quando os consumidores crónicos estão em contacto com ambientes ou objectos que lhes lembram da droga.

Onde actua a heroína?


Todos os opiáceos actuam sobre receptores cerebrais específicos, que normalmente são usados pelos opióides endógenos. Estes receptores localizam-se no sistema límbico (A), no tronco cerebral (B), na espinhal medula (C) e em algumas estruturas periféricas.




As maiores concentrações destes receptores encontram-se:

  • No tálamo – a vermelho – zona relacionada com a dor
  • No córtex cerebral- a verde
  • Nos gânglios da base – a amarelo e laranja – estas zonas

são responsáveis pelo movimento e pelas emoções

  • No córtex visual – a violeta.


O uso de opiáceos provoca alterações nestas zonas do cérebro e afecta a memória e as emoções.

Origem das drogas

Como chegam as drogas a Portugal?

Heroína em veículos pesados (39,8%) e comboio (15,5%). 80% da heroína entra na Europa pelas rotas norte e sul dos Balcãs.

Cocaína: pesados (61,9%), as embarcações (17,1%) e avião (4%)

Haxixe: embarcação (78,3%). A resina de cannabis é originária de Marrocos enquanto a planta chega principalmente da Albânia

No caso particular da cocaína, que apesar de entrar no país por meio de veículos pesados, terá previamente sido introduzida em território europeu através da via marítima, entrando na Europa pela Bélgica, Holanda, Espanha ou Reino Unido.

Em 2004 foram apreendidos 24 800,604 Kg de haxixe, seguindo-se 62,11 Kg de cocaína e 4,8 kg de heroína e ainda 188 unidades de ecstasy.


Como são produzidas?

A papoila do ópio é cultivada desde a antiguidade na Ásia. Actualmente existem quatro zonas principais de cultivo:

Triângulo dourado- constituído pela Birmânia, Laos e Tailândia – produz cerca de 60% do ópio mundial

Crescente dourado- constituído pelo Afeganistão, Irão e Paquistão

América do Sul- principalmente na Colômbia

América Central – principalmente no México

A planta da coca é cultivada em vários países da América do Sul


Segundo a polícia judiciária “o território nacional tem vindo a ser crescentemente utilizado pelos grupos organizados como uma potencial porta de entrada para o espaço da União Europeia”.

Tendências de consumo na Europa

A droga mais consumida no Mundo é a cannabis, havendo uma tendência crescente de consumo durante a última década.

As anfetaminas e o ecstasy vêm em segundo lugar, mas os níveis de consumo parecem ter estabilizado na Europa Ocidental.

O consumo de cocaína tem vindo a aumentar desde 1998 e o consumo de heroína mantém-se estável ou em fase decrescente na maioria dos países ocidentais.

Apesar de ser menos consumida, a heroína é responsável por maior procura de tratamento e por mais mortes

Curiosidades históricas

Cocaína

Foi sintetizada pela primeira vez em 1855 a partir da folha da planta Erythroxylon coca. A folha desta planta contém 0.1 a 0.3% de cocaína.


Em 1886 foi incluída como ingrediente principal na Coca-Cola. Foi também usada como anestésico local, nomeadamente para aliviar a dor de dentes.

A cocaína foi removida da Coca-Cola em 1903

Em 1920 foi considerada uma substância proibida nos Estados Unidos



Anfetamina

Foi sintetizada pela primeira vez em 1887 na Alemanha

Na década de 1930 foi comercializada com o nome de Benzedrine para tratar asmáticos

Durante a Segunda Guerra Mundial foi usada para manter os soldados acordados e alerta

Na década de 1950 a anfetamina e a metanfetamina eram usadas por condutores de camiões, estudantes e atletas.

Hoje em dia as anfetaminas são usadas para tratar a narcolepsia e a Desordem por Défice de Atenção com Hiperactividade



Ópio/Heroína

A heroína foi sintetizada em 1874 a partir da morfina, que é obtida da resina da papoila Papaver somniferum. Esta resina é chamada de ópio.

Os primeiros testes mostraram que a heroína era muito mais potente que a morfina e parecia não causar dependência. Assim, em 1898 passou a ser comercializada pela Bayer para substituir a morfina.

A heroína era usada como analgésico e também para tratar a asma, a tosse e a pneumonia.

A mistura de heroína com glicerina tornava-a mais agradável para administração oral.

Um xarope calmante contendo morfina era comercializado em 1887 para acalmar as crianças.

Em 1909, os Estados Unidos proibiram a importação de heroína por se ter constatado que causa muito mais dependência do que a morfina.

sexta-feira, março 03, 2006

Vem aí a Semana do Cérebro

A Semana Internacional do Cérebro é uma iniciativa internacional organizada pela Dana Alliance for Brain Initiatives com o objectivo de divulgar junto do público os progressos e benefícios da investigação científica na área do cérebro. A esta organização juntam-se instituições científicas e universidades, hospitais, institutos de saúde e associações de pacientes, escolas e associações profissionais em todo o mundo.
Em Portugal, a Semana Internacional do Cérebro, cuja 11ª edição decorrerá de 11 a 19 de Março, tem a participação da Sociedade Portuguesa de Neurociências, em colaboração com a Ciência Viva.